terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Não se faz necessário ter vivido toda uma vida para que alguém tenha aprontado e vivido o suficiente para saber lidar, ainda que pouco, com as armadilhas que aparecem no meio do caminho. Aquelas que abalam a fé, balançam as estruturas e, no fim das contas, acabam nos compondo um coração que não é de todo valente e corajoso, mas que é de gente. Gente adulta que se afeiçoa e quer bem. De gente inocente que acredita, ainda que se decepcione. Coração humano que vive de calor e beleza. O calor do amor e a beleza da dor. A beleza do sorriso e o calor da lágrima. É assim que se forma um coração que não sabe lidar com as estratégias racionais, os tratos estabelecidos e as propostas feitas, fugindo - irremediavelmente - de tudo isso. Coração não pensa, sente. E como diria Ana Jácomo, "que me desculpem os apáticos: não tenho medo de sentir, eu sinto muito."

Um comentário:

  1. Nem sabia que vc tinha um blog, Mari. Mas não podia ser diferente... Todo mundo precisa ler as coisas lindas que você escreve.
    Parabéns e obrigada por sempre deixar meu coração quentinho. Lendo esse post eu vi que não tô sozinha no mundo, porque eu também sinto muito ;D

    beijo grande

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