domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dentro toca música quase o tempo todo e as letras das canções fazem mais sentido. Poesia, rima e ritmo se unem. Os fios de cabelo passam a gostar mais do carinho das mãos e a rápida ausência tem um gosto estranhamente bom. É querer eternizar o sorriso e o cheiro... É a vontade de prolongar os abraços, beijos e amassos. São bons ventos soprando, é a alegria acariciando, é o complicado sendo deixado para depois. O Sol acende junto à risada e seguir em frente é mais instigante, porque "agora eu não sou só eu só".

Começos. Desejos, planejamentos, expectativas... Voltando aos antigos ambientes para novos e intensos aprendizados. Querendo e pedindo um semestre de boas ideias, parcerias e partilhas. Nada é tão novo assim... A sede de saber e entender mais das letras que compõem esse extenso livro que nos faz mais e melhores a cada dia é a mesma desde o princípio. E a percepção de que quanto mais nos aprofundamos menos sabemos, também se repete. O que não nos frustra, pelo contrário. Fonemas, morfemas, poesias, normas cultas, linguagem, análises de texto e discurso... tudo isso é soma ao que somos. E somar ao que havia antes é o que nos leva ao amadurecimento. Não só intelectual... cotidianamente, somos modificados pelo que une o aprendizado à força que nos motivou chegar até aqui. Hoje eu sou resultado do que vivo nas Letras. E é bom sentir-se feliz pelas escolhas feitas na vida.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A vida tem me mostrado uma sabedoria que eu não sei decifrar, mas tenho tentado respeitar por meio da minha fé. Algumas vezes, a ventania insiste em bagunçar o que eu tinha organizado com o máximo de carinho dentro de mim. E por mais que isso me assuste ou frustre, o tempo vai passando e aprendo que a desorganização me faz olhar com mais calma os detalhes que antes passavam desapercebidos. Apesar de eu me deixar levar pela enganosa primeira impressão de que isso me veio subtrair, eu sei que cada momento, no seu tempo e do seu modo, veio somar para formar o que sou agora. O que a gente precisa é saber encontrar os espaços, mesmo no pior dos apertos. Tem que deixar de ser sobrevivente para viver grande e bonito, não subjulgados e sob o olhar de crenças alheias. Porque a gente sabe que é gostoso ter uma surpresa naquele dia mais rotineiro. O quanto é bom continuar à procura do verso mais bonito para dedicar, da canção que faz lembrar, de um par para dançar, de alguém pra sorrir quando acordar... No fim, todo mundo deseja um amor tranquilo e quentinho, um descanso para o tão complicado mundo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

“O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: 'Se eu fosse você...' A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção.
(Rubem Alves)